Santa Maria

Égua atropelada na rodovia, que morreu no pátio de uma casa, permaneceu no local por dois dias

Um morador do Bairro Urlândia foi surpreendido com uma égua morta a metros da porta da sua casa, na última quarta-feira pela manhã.

Após anos de trabalho forçado, aos cavalos, sobra o abandono e os maus-tratos

A metros dali, na BR-287, o animal havia se envolvido em um acidente com uma motocicleta e, agonizando, teria ido até o pátio da residência, na Rua Agostinho Scolari, onde, junto ao muro, tombou e morreu. O motorista do veículo precisou ser hospitalizado e está em estado grave na CTI do Hospital de Caridade. As informações são dos vizinhança do bairro.

Além do imprevisto, o problema se agravou porque, somente por volta das 14h desta sexta-feira, o animal foi removido.

Foto: Lucas Amorelli / New Co DSM

A situação reflete uma realidade recorrente em Santa Maria:  não ter a quem recorrer e para onde deslocar animais que morrem

– As pessoas precisam ter responsabilidade. Esse animal era de alguém. A prefeitura não tem um local para levá-lo – relata o veterinário Alexandre Caetano, da Central de Bem Estar Animal.

Enquanto isso, os vizinhos tiveram de conviver com o mau cheiro, o acúmulo de moscas e com muitas ligações sem sucesso.

– Cansamos de ligar. Até para Câmara de Vereadores telefonamos e falaram que não poderiam fazer nada. Dentro de casa tem de acender incenso e para dormir, só com o ventilador ligado para aguentar – reclama a dona de casa Enilda da Silva, 77 anos, cuja casa fica ao lado de onde o animal caiu morto.

Nas rodovias ou no Centro, carroças são risco no trânsito de Santa Maria

Caetano informou que está sendo estudado um projeto para um cemitério de animais de grande porte. O local, porém, depende de licenciamentos ambientais e requer diversas medidas como estar afastado de mananciais, não ser instalado em Áreas de Preservação Permanente (APP).

Segundo os moradores, Brigada Militar, Secretaria de Meio Ambiente e até o Corpo de Bombeiros foram procurados.

COMO ATUAM OS ÓRGÃOS DA CIDADE

Prefeitura – Pode atuar na remoção, mas não tem local para destino e conta com ajuda de voluntários na aquisição de um local para destinar os animais. É utilizado o caminhão é da Secretaria de Meio Ambiente e retroescavadeira, da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. A Guarda Municipal costuma acompanhar ou notificar às secretarias

Corpo de Bombeiros – Não atua no serviço de remoção. Apenas orienta a população e comunica a prefeitura para a retirada do animal

Batalhão Ambiental da BM –Não atua no serviço de remoção. Apenas apoia os órgãos responsáveis, orienta a população e comunica a prefeitura para a retirada do animal. Em casos de maus-tratos, vai ao local e é aberto um procedimento administrativo

Batalhão Rodoviário da BM – Afasta o animal da rodovia e comunica à prefeitura

z PRF – Afasta o animal da rodovia e comunica à prefeitura

Instituto Assistencial de Bem Estar Animal (Iabea) – Não atua no serviço de remoção. Apenas apoia os órgãos responsáveis e orienta a população


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